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Foto/Divulgação: Jean Barreto / Seeduc-RJ

Atividade conta com exibição de filme e debates, além da busca de soluções para uma convivência de respeito
A escola tem um papel importante no combate ao bullying, criando um ambiente seguro e promovendo iniciativas que visam conscientizar os alunos para que casos assim não aconteçam. Foi com esse objetivo que o Colégio Estadual Brigadeiro Castrioto – Intercultural Brasil-Espanha, em Niterói, Região Metropolitana do Rio, desenvolveu atividades para debater e combater os diversos tipos de intolerância e possíveis ações discriminatórias. A iniciativa faz parte do calendário letivo da Secretaria de Estado de Educação do Rio de Janeiro (Seeduc-RJ) e tem como objetivo promover uma cultura de paz nas mais de 1.200 escolas da rede estadual de ensino. 

O trabalho é realizado pelo professor de Química Elismar Costa, que atua também na disciplina de Linguagens Aplicadas às Ciências. Durante a atividade, os estudantes assistem a trechos do filme ‘Extraordinário’, lançado em 2017 e dirigido por Stephen Chbosky, que conta a história de Auggie Pullman, um garoto com uma deformação facial que enfrenta desafios de aceitação e amizade ao frequentar a escola pela primeira vez.
Foto/Divulgação: Jean Barreto / Seeduc-RJ
— Após a exibição do filme, os alunos, sem identificação, colocam em uma caixa depoimentos sobre os casos que conhecem ou que sofreram. Eles são lidos e geram debates e uma busca por soluções para lidar com as várias formas de intolerância. Nesta dinâmica, identificamos o bullying, discutimos como ajudar e falamos sobre a importância da denúncia para o seu combate — explica Elismar.
Ainda segundo o professor, a partir dessa interação com os alunos, é possível abordar assuntos como gordofobia, homofobia e racismo. Ele destaca que o debate não fica restrito ao ambiente escolar, mas alcança também as redes sociais e outros espaços de convivência. 
— Este projeto é importante porque nos mostra quanto é essencial termos empatia uns pelos outros. Mesmo que a pessoa não sofra ou sofra de forma mais sutil, ela percebe que o outro está sentindo e pode ajudar com apoio ou denúncia — disse Tamiris Venancio, estudante da 2ª série do Ensino Médio.
A secretária de Estado de Educação, Roberta Barreto, ressalta a importância da realização dessas atividades.
— É fundamental termos uma cultura de paz em nossas escolas, e é por isso que ações como essa, de debates e prevenção, estão incluídas no calendário letivo da Secretaria de Estado de Educação do Rio de Janeiro — afirmou a secretária.
Iniciativas da Seeduc para combater a violência nas escolas
A ferramenta Registro de Violência Escolar (RVE) é uma medida para ampliar a prevenção à violência no ambiente escolar. O serviço, disponibilizado na plataforma Conexão Educação, possibilita que as unidades escolares registrem, de maneira fácil e rápida, situações de conflito ou eventos de risco na rotina escolar. O RVE faz parte do Plano de Ações Integradas de Segurança e Cultura de Paz nas Escolas (SegPaz), elaborado pela pasta, dentro das propostas apresentadas pelo Comitê Intersetorial de Segurança Escolar, criado pelo governador Cláudio Castro.
— Nossas escolas possuem um núcleo de inteligência que permite o registro de ocorrências para qualquer tipo de violência, seja bullying, racismo, furto, agressão. As polícias Militar e Civil do Rio de Janeiro, além do Conselho Tutelar, fazem a análise e podem intervir preventivamente em casos de risco para a comunidade escolar, a fim de garantir a segurança e a cultura de paz — destacou Roberta Barreto.
Além disso, em parceria com a Fundação de Apoio à Pesquisa, Ensino e Assistência (Funrio), a Seeduc está promovendo um estudo socioemocional. A iniciativa tem como objetivo mapear e diagnosticar as principais necessidades psicológicas da comunidade escolar. O levantamento é realizado em 750 unidades escolares por meio de pesquisa quantitativa e qualitativa. Psicólogos, assistentes sociais e pesquisadores em educação, através do projeto Edubem, atuam divididos em 630 pesquisadores e 59 coordenadores de campo, percorrendo os 92 municípios fluminenses.

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