
Foto/Divulgação – Seeduc-RJ
Projeto desenvolvido pelo Colégio Vicente Jannuzzi leva diversão e conhecimento aos alunos, além de criar laços de amizade
Uma disputa emocionante tomou conta de alunos e professores no Colégio Estadual Vicente Jannuzzi, na Barra da Tijuca, Zona Oeste do Rio. Nesta quarta-feira (08/10), foi realizada a final da edição 2025 do ‘Xadrez no Jannuzzi’, o campeonato de xadrez humano, criado para estimular o desenvolvimento do raciocínio lógico e melhorar o nível de concentração dos estudantes.
– A iniciativa é um momento importante para promover a participação e envolvimento de todos, reforçando o conhecimento e ampliando o interesse de nossos estudantes. A culminância do projeto, com a realização desta etapa final, é uma oportunidade única para os alunos demonstrarem as habilidades desenvolvidas – afirmou a diretora-geral da unidade, Simone Assafin.
O projeto contou com quatro etapas. Em cada uma delas, os estudantes disputaram partidas de xadrez no sistema suíço, onde todos puderam jogar as seis rodadas. Assim, os alunos tiveram a possibilidade de vivenciar o xadrez de forma mais ampla. Os campeões de cada etapa se enfrentaram na grande final do já tradicional formato de xadrez humano.
No tabuleiro gigante, os estudantes ‘vestem’ as peças do jogo, transformando-se em torres, peões, cavalos, rainhas e reis. Neste processo, com todos os seus aspectos racionais e lúdicos, são desenvolvidos alguns dos benefícios do jogo, como o estímulo ao trabalho em equipe e a prática da concentração.
– O projeto é muito imersivo e nos abre diversas portas para conhecer o mundo. Este dia da final foi superdivertido e engraçado, com vários momentos bons e muitas risadas – contou Lucas Mistrel, aluno da 3ª série do Ensino Médio.
O ‘Xadrez no Jannuzzi’ foi implementado pelo professor de Matemática Marcos Araújo, em 2016. Ele viu no jogo a chance de otimizar suas aulas. O projeto evoluiu, e a escola foi se comprometendo a criar uma cultura voltada à prática e à divulgação do xadrez. Segundo o educador, desde a implantação, a atividade já atendeu mais de 5 mil alunos do Ensino Médio.
– Desde o início, a minha missão é agregar os alunos, auxiliando o aprendizado matemático e desenvolvendo o raciocínio lógico. Estamos sempre à procura de novas oportunidades para aumentar a participação e o interesse deles, buscando iniciativas para a divulgação e especialização do tema. A ideia é incentivá-los no processo e cultura do xadrez, que é uma ferramenta extraordinária no combate ao bullying e ao preconceito, já que não há limitações, e todos são iguais – destacou o professor Marcos.
O xadrez foi inserido no conteúdo pedagógico da escola após uma feira pedagógica, na qual o professor Marcos disponibilizou alguns tabuleiros de xadrez, e os estudantes começaram a jogar. Depois de notar o envolvimento deles, surgiu a ideia de um campeonato. Com o sucesso da empreitada, um funcionário da escola sugeriu criar um tabuleiro no chão do pátio do colégio. A direção gostou da ideia e, desde então, o xadrez – que já era uma das principais atividades da unidade – ganhou outros contornos e muitos interessados.
– Essa iniciativa faz com que os alunos possam acreditar em si mesmos, que eles podem conseguir chegar lá e serem cada vez melhores. É algo muito divertido, além do cotidiano escolar. E, como professor sempre diz, é muito importante aprender e se divertir com o xadrez – disse Sofia de Luna, estudante da 1ª série do Ensino Médio.
As finais foram disputadas no turno da manhã e à tarde. Nesse projeto, não existe a separação por categoria, uma vez que é priorizada a integração dos alunos. Todos se divertem aprendendo e trazendo para a prática noções do que é ensinado em sala de aula. E tem muitas coisas boas vindo por aí. O mais importante é que, numa competição como esta, todos saem vencedores, tanto pelos conhecimentos adquiridos como pelos laços de amizade construídos em torno de um tabuleiro.
– O esporte corrobora para a melhoria da qualidade de educação. E sabemos que isso ajuda nas melhorias de resultados e também na aprendizagem. A escola é um lugar de extensão da nossa existência, e é por meio dela que se constrói conhecimentos, competências e habilidades fundamentais para a vida – concluiu a secretária de Estado de Educação, Roberta Barreto.