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A Prefeitura de Itaboraí, por meio da Secretaria Municipal de Saúde (SEMSA), realizou na manhã desta quinta-feira (14/08), na Comunidade Batista de Itaboraí (CBI), o III Seminário de Hanseníase: Novas Perspectivas para uma Doença Antiga. O encontro reuniu profissionais da saúde, estudantes e membros da sociedade civil com o objetivo de ampliar o conhecimento sobre a doença, promover a detecção precoce e combater o estigma que ainda cerca o tema.
Durante a abertura, a secretária municipal de Saúde, Analice Rangel, ressaltou a importância do acolhimento no tratamento.
“A hanseníase, quando descoberta no início, tem tratamento eficaz. Mas o diagnóstico não é fácil e afeta emocionalmente o paciente. Por isso, é essencial um olhar acolhedor, empático e amoroso. Medicamentos e estrutura nós temos, mas o diferencial é o cuidado humano. Saúde todo mundo faz, mas nosso compromisso é olhar para cada paciente como um ser humano que poderia ser um de nós ou de nossas famílias. Com amor e dedicação, conseguimos transformar vidas”, disse a secretária.
O evento contou com quatro palestras, abordando desde indicadores epidemiológicos do município até experiências pessoais e profissionais no atendimento a pacientes. Segundo a coordenadora da Linha Municipal de Cuidados de Hanseníase, Vanesca Temóteo Rodrigues, o seminário deste ano foi especial.
“Este mês de agosto marca o Dia Estadual para Conscientização, Mobilização e Combate a Hanseníase e, como todos os anos, realizamos atividades como panfletagem e orientações. O seminário é um momento para chamar a atenção para uma doença que ainda carrega muito preconceito, apesar de ter cura. Este ano, pela primeira vez, abrimos o evento não apenas para profissionais de saúde, mas também para a sociedade civil. Nossa intenção é divulgar informações e formar multiplicadores, especialmente entre estudantes, para que o conhecimento chegue a mais pessoas e possamos diagnosticar precocemente, evitando incapacidades futuras”, destacou a coordenadora.
A programação contou com palestras como a da assistente social Juliana Rodrigues de Mello, que falou sobre os avanços no tratamento e prevenção.
“A hanseníase é uma doença muito antiga, com registros desde o século VI a.C., e que demorou séculos para ter um tratamento eficaz. Hoje, contamos com grandes avanços, como o teste rápido, estudos sobre a eficácia da vacina BCG para contatos e pesquisas para o desenvolvimento de uma vacina específica que possa impedir o contágio. É importante mostrar que, apesar de antiga, a doença está no centro de pesquisas e inovações que salvam vidas”, afirmou a enfermeira.
O seminário reforçou o compromisso da Prefeitura de Itaboraí com a saúde pública e o enfrentamento da hanseníase.
