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Foto/Divulgação/PUC

Sistemas de geração de energia solar em Duque de Caxias e na Gávea permitirão pesquisas sobre eficiência e descarbonização

A Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (PUC-Rio) dá mais um passo em sua trajetória rumo à transição energética e à redução das emissões de carbono. Nos próximos meses, a universidade implantará sistemas de geração de energia solar em dois de seus campi: no Instituto de Mobilidade e Energias Sustentáveis (IMES-PUC-Rio), em Duque de Caxias, e no Instituto de Pesquisa Padre Matteo Ricci, na Gávea.

Ao todo, serão instaladas mais de 600 placas fotovoltaicas com capacidade projetada de 450 kWp. Essa potência é suficiente para gerar cerca de 55 mil kWh por mês, energia equivalente ao consumo médio de 300 residências brasileiras. A produção também evitará a emissão aproximada de até 30 toneladas de CO 2 por mês quando comparada a matrizes fósseis. Em Caxias, serão cerca de 400 módulos instalados no solo. Já na Gávea, os painéis ocuparão o terraço do edifício, com possibilidade de ampliação futura. Além de fornecer energia limpa para parte das atividades da universidade, a iniciativa terá caráter científico, permitindo avaliar como otimizar o uso da eletricidade gerada e gerar novos estudos sobre eficiência energética.

Para o professor Felipe Gouveia, pesquisador da universidade que acompanha a iniciativa, a adoção de fontes renováveis no ambiente acadêmico vai muito além da redução de custos. “Trata-se de alinhar a universidade às metas globais de descarbonização e de criar um espaço onde ensino, pesquisa e prática caminham juntos para acelerar a transição energética”, afirma.

Adicionalmente a esse projeto, a PUC-Rio também desenvolve o mapeamento do Vale da Gávea para monitoramento dos gases de efeito estufa em pontos estratégicos. A iniciativa busca quantificar emissões locais e oferecer dados científicos para apoiar ações de mitigação e adaptação climática na região.

Esse trabalho será acompanhado por um sistema digital inovador: está em desenvolvimento um software capaz de consolidar em tempo real os dados coletados pelos sensores instalados em diferentes pontos estratégicos do Vale da Gávea. A ferramenta permitirá acompanhar as variações das emissões em um painel integrado, além de estruturar um banco de dados robusto para análises futuras. Dessa forma, a universidade não apenas monitora os fluxos de CO 2 e outros gases, mas também cria uma base de informações inédita, essencial para orientar políticas ambientais e urbanas na região.

O conjunto dessas medidas integra a estratégia da PUC-Rio de fortalecer sua agenda de sustentabilidade em sintonia com os compromissos climáticos assumidos pelo Brasil no Acordo de Paris, que serão discutidos na COP 30, em Belém, ainda este ano. A meta nacional é reduzir em 50% as emissões de gases de efeito estufa até 2030, objetivo para o qual a universidade busca contribuir não apenas com ações concretas, mas também com conhecimento científico.

Com a implantação dos sistemas solares e o avanço dos programas de monitoramento ambiental, a PUC-Rio reforça seu papel como laboratório vivo de inovação, ampliando o uso de energias renováveis e aproximando a comunidade acadêmica de soluções práticas para a transição energética.

Fonte: Vitor Mattos 

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