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Foto/Divulgação

Presidente da Comissão de Combate ao Racismo da Câmara do Rio, vereador Rafael Satiê afirmou na CDH do Senado que os direitos humanos precisam alcançar o cidadão comum, a família e o trabalhador, sem viés ideológico.

Em sua primeira participação na Comissão de Direitos Humanos do Senado, o vereador do Rio de Janeiro Rafael Satiê (PL) esteve presente na audiência pública desta segunda-feira (18/8) e criticou o que chamou de “sequestro ideológico” da pauta dos direitos humanos.

O vereador relatou as dificuldades enfrentadas ao assumir a presidência da Comissão de Combate ao Racismo na Câmara do Rio. “Infelizmente, não fui recebido com respeito por parte da militância, que deveria se orgulhar de ver um negro conservador à frente da pauta. Mas seguimos conduzindo os trabalhos com seriedade e entregando resultados”, afirmou.

O vereador lembrou o caso de Igor Melo, jornalista alvejado por um policial militar em 2024, e disse que o episódio foi tratado de forma precipitada como racismo. “Todo racismo é crime, mas nem todo crime é racismo. Foi uma ação criminosa, o policial deve ser responsabilizado, mas não havia motivação racial”, defendeu.

Em discurso de quase meia hora, Satiê fez um resgate histórico dos direitos humanos e acusou setores da esquerda de manipular o tema. “Os direitos humanos não nasceram ontem e não pertencem a um grupo político. O PNDH-3 precisa olhar para o cidadão comum, para a família e para o trabalhador, sem se tornar bandeira ideológica”, disse.

 

Foto/Divulgação: Edilson Rodrigues/Agência Senado

O parlamentar também criticou a forma como o programa trata temas como a letalidade policial. “Por que só falam de letalidade policial e não da letalidade do tráfico? Esse viés enfraquece as forças de segurança e fortalece o crime organizado. Eu falo como alguém que perdeu um irmão para o tráfico e tem outro preso. As decisões são individuais. Eu escolhi outro caminho”, ressaltou.

Relatório final do PNDH-3 até o fim do ano

Ao encerrar a audiência, a presidente da CDH, senadora Damares Alves (Republicanos-DF), destacou que a avaliação do PNDH-3 não é um julgamento de governo, mas de uma política de Estado.

“Nosso papel é fiscalizar, propor melhorias e garantir recursos para que os direitos humanos sejam universais e efetivos. O relatório final trará recomendações concretas para fortalecer a rede de proteção e assegurar resultados reais à população”, afirmou.

Fonte: Raíssa Vaz

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