Foto/Divulgação: Imagem Ilustrativa (Reprodução/Freepik)
Ter uma música direcionada ajuda a conversar melhor com um público mais específico, afirma Jeff Nuno, CEO da LUJO NETWORK e especialista em distribuição digital
A união entre música e futebol nunca foi tão estratégica e o fenômeno recente de hits impulsionados por torcidas mostra como essa conexão vem se tornando uma poderosa ferramenta de alcance digital.

Plataformas como Spotify, TikTok e Instagram estão sendo tomadas por faixas que misturam ritmo, paixão e identidade de clubes de futebol, transformando artistas em porta-vozes de nações inteiras.
Um dos exemplos mais recentes é o do MC Darlan, que vem conquistando milhões de visualizações com a faixa “Será Que Vai Ter Gol do Rayan Hoje“, homenagem ao atacante Rayan, do Vasco da Gama. A música nasceu de uma promessa antiga e está se transformando em trilha sonora da torcida vascaína um sucesso orgânico que mostra o poder da cultura esportiva dentro da indústria musical.
O impacto da conexão emocional
Para MC Darlan, a força da música está no vínculo que ela cria com os torcedores.
“Esse não é o meu primeiro hit que estoura com a torcida do Vasco. Eu venho sempre fazendo um trabalho para agregar, então receber esse carinho é importante, é um reconhecimento”, contou o artista.

“Agora tem um monte de gente querendo fazer música junto, e isso é muito gratificante. A visibilidade cresce, o reconhecimento aumenta, e isso dá mais força para continuar produzindo não só para a torcida do Vasco, mas também para todos que acompanham meu trabalho.”
“Eu prometi ao Rayan, ainda na base, que quando ele virasse profissional e fizesse o gol, eu faria uma música para ele. Dito e feito”, conta MC Darlan.
Do campo às playlists: A lógica digital por trás do sucesso
Para Jeff Nuno, CEO da LUJO NETWORK e especialista em distribuição digital, o sucesso de músicas como a de Darlan está longe de ser coincidência. De acordo com ele, o fenômeno das canções ligadas a clubes de futebol é um exemplo de segmentação de público altamente eficaz.
“Quando o artista direciona sua música para um nicho emocionalmente engajado, como uma torcida de futebol, ele cria um público fiel e altamente ativo nas plataformas. Essa comunidade faz o trabalho de amplificação de forma orgânica, o que as marcas chamam de efeito de rede “, explica.

Além do engajamento espontâneo, a dinâmica dos algoritmos favorece esse tipo de conteúdo.
“A música que viraliza entre torcedores começa a gerar repetições de escuta, uso em vídeos e menções. As plataformas reconhecem esse comportamento como um pico de interesse e passam a recomendar o conteúdo para novas audiências. É um ciclo autossustentável”.
“Música de torcida não é jingle, é identidade. Quando um artista consegue traduzir o sentimento coletivo em som, ele ganha relevância e longevidade digital. Mas é fundamental que isso venha de uma conexão verdadeira, como é o caso do MC Darlan com o Vasco”, complementa Jeff Nuno.
Fonte: MF Press Global
