Foto/Divulgação: SESRJ
Recém-nascidos internados no Hospital Estadual da Mãe (HMãe), em Mesquita, e no Hospital da Mulher Heloneida Studart, em São João de Meriti, na Baixada Fluminense, contam com o atendimento de fisioterapia neonatal, serviço especializado ao cuidado integral de bebês, especialmente aqueles que apresentam de suporte intensivo nas Unidades de Terapia Intensiva Neonatal (UTIN) e Unidades de Cuidados Intermediários Neonatais (UCIN).
A fisioterapia neonatal é uma área específica de fisioterapia dedicada à avaliação e ao tratamento de recém-nascidos. O fisioterapeuta neonatologista realiza uma avaliação criteriosa do quadro clínico do bebê e define condutas individualizadas, com foco na promoção do desenvolvimento motor adequado, na melhoria da função respiratória, na prevenção de sequelas e na orientação aos familiares quanto ao posicionamento e corretos do recém-nascido.
Há quase três meses, Ariana Salles, de 29 anos, moradora de Belford Roxo, acompanha a evolução da primeira filha, Eloah Victoria. A menina nasceu com 32 semanas em 16/08, com dois quilos e 218 gramas e foi encaminhada para a Unidade de Terapia Intensiva (UTI) do HMãe. O parto estava previsto para o dia 29/09. Um apoio para a mamãe, que presenciamos diversas sessões de fisioterapia, que ajudam especialmente na saúde respiratória do bebê.
“Deu tudo certo para minha filha e ela foi muito bem tratada. Não tive nenhum outro problema desde o nascimento. Estou aguardando a alta dela, já que consigo respirar sozinha”, disse Ariana. Hoje, Eloah está com dois quilos e 410 gramas, sem nenhuma alteração cognitiva ou motora.
Com especialização em fisioterapia neonatal, Guiomar Ferreira, de 42 anos, atua há quatro anos no HMãe. Seu trabalho começa com a avaliação para entender o estado geral do pequeno paciente, que pode ter necessidade de suporte respiratório ou cognitivo-motor.
“O atendimento da fisioterapia é crucial desde o nascimento. No caso do bebê Eloah, o acompanhamento foi determinante para o desmame indireto. Em nosso dia a dia são avaliados sinais incômodos, sinais de desconforto adversos e quadro motor. Somente depois iniciamos o atendimento, sempre com o monitoramento dos sinais específicos”, explica a fisioterapeuta, que realiza movimentos delicados e precisos no obstáculo para favorecer a respiração acompanhada de alongamentos e estimulações sensoriais nos bracinhos e perninhas, em sessões que duram em média 15 minutos.
O Hospital Estadual da Mãe dispõe de 10 leitos de UTI neonatal e 15 leitos de Unidade de Cuidado Intermediário Neonatal Convencional (UCINCo), além de estimular a participação dos pais durante a internação e a adoção de boas práticas, como o método canguru, redinha e banhos terapêuticos com ofurô.

O serviço de fisioterapia neonatal do Hospital da Mulher Heloneida Studart, em São João de Meriti, também é referência. A unidade conta com 20 leitos de UTIN, 29 de UCINCo e quatro de UCINCa. A equipe é composta por 27 profissionais especializados em fisioterapia neonatal e pediátrica, sendo 24 plantonistas, dois diaristas e um responsável técnico. O trabalho é direcionado à promoção do desenvolvimento saudável dos recém-nascidos, à prevenção de complicações respiratórias e motoras e à orientação contínua às famílias, garantindo um cuidado humanizado e atualizado desde os primeiros dias de vida.
Dados do Sistema de Informações sobre Nascidos Vivos (SINASC) mostram que, no Rio de Janeiro, mais de 15 mil crianças nasceram prematuras em 2025. São prematuros os bebês que chegam ao mundo antes de 37 semanas de gestação, e essa classificação se divide em quatro categorias: prematuro tardio, moderado, muito prematuro e prematuro extremo.
Horário de atendimento: segunda a sexta-feira, das 8h às 19h
Plantões aos sábados, domingos e feriados, das 10h às 18h
