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Iniciativas voltadas à ancestralidade, sustentabilidade e preservação da memória foram aprovadas nos editais “Territórios Vivos” e “Nossos Museus”

 

O Ilê Asé Iya Oju Omi, referência cultural e espiritual em São Pedro da Aldeia, teve dois projetos aprovados em editais públicos importantes: “Territórios Vivos” e “Nossos Museus”. As propostas selecionadas fortalecem as práticas tradicionais dos povos de terreiro, com foco em sustentabilidade, valorização da memória coletiva e combate ao racismo religioso.

Pelo edital Territórios Vivos, o projeto “Ancestralidade e sustentabilidade das práticas dos povos de terreiros” vai oferecer uma série de atividades integradas à vida comunitária e à espiritualidade. Estão previstas oficinas e palestras que visam a sustentabilidade e praticas tradicionais, uma vez que os povos de terreiros tem por si a  base nos saberes ancestrais e respeito ao meio ambiente. No que diz respeito as palestras e rodas de conversas temáticas  que também fazem parte da programação, abordam desde o uso de plantas medicinais até os desafios territoriais enfrentados pelas comunidades tradicionais.

 

Já no edital Nossos Museus, a proposta selecionada é a exposição cultural “Ilê Asé Iya Oju Omi: Ofó e memórias da comunidade de povos de terreiros”. A mostra será dividida em três alas principais, retratando a trajetória da sacerdotisa Iya Maria Fiderioman e da comunidade tradicional, os cultos aos povos de rua, tão presentes na cultura afro-brasileira, e os caboclos, símbolos da miscigenação e resistência indígena. A exposição contará ainda com rodas de conversa, apresentações culturais como jongo e afoxé, culinária tradicional e mostra de artesanato afro-indígena.

 

Reconhecido como Ponto de Cultura pelo Ministério da Cultura e Ponto de Memória pelo Instituto Brasileiro de Museus (IBRAM), o Ilê Asé Iya Oju Omi reafirma com esses projetos sua vocação como espaço de resistência, pertencimento e cidadania. A mestra e Iyalorixá Maria Fiderioman, liderança religiosa e cultural da comunidade, destaca que as ações têm como objetivo preservar a identidade dos povos tradicionais, ao mesmo tempo em que promovem práticas sustentáveis e educativas, fortalecendo os laços comunitários.

 

“As aprovações são um reconhecimento da importância dos terreiros como espaços de cultura, educação e sustentabilidade. Esses são mais dois projetos aprovados, o que mostra que a nossa ancestralidade segue viva, pulsando e sendo respeitada”, celebrou Iya Maria Fiderioman.

 

Em breve, serão divulgadas novas informações sobre a participação da região nos projetos, com detalhes das atividades e datas da programações.

Os projetos são de iniciativa do Raio de Sol | Raio de Ouro, em parceria com o Ilê Asé Iya Oju Omi, com patrocínio da Secretaria de Estado de Cultura e Economia Criativa do Rio de Janeiro via editais de fomento a cultura.

Fonte: Paula

 

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