CEVJ_CONECTANDO - Foto/Divulgação: Seeduc-RJ
Projeto cultural desenvolvido pelo Colégio Estadual Vicente Jannuzzi, na Barra da Tijuca, une a comunidade acadêmica à cultura às diversas formas de arte e tecnologias
Uma ação para integrar toda a comunidade acadêmica ao que há de mais moderno na era digital. Nos dias 19, 20 e 21 de agosto, o Colégio Estadual Vicente Jannuzzi, na Barra da Tijuca, Zona Oeste do Rio de Janeiro, realizou a parte final do projeto “CEVJ CONECTANDO: Redes, Vozes e Saberes”, uma ação interdisciplinar e participativa, incentivando o protagonismo dos alunos em uma variedade de atividades práticas e teóricas, a partir do material produzido por eles.
— A culminância de um projeto sobre o universo digital é uma oportunidade única para os alunos demonstrarem as habilidades desenvolvidas, sejam elas de comunicação, expressão ou criatividade. É a chance de compartilhar seus projetos com a comunidade escolar e celebrar a conquista dos objetivos. A iniciativa é um momento importante para promover a participação e envolvimento de todos, reforçando o conhecimento, proporcionando o desenvolvimento de novas habilidades e ampliando o interesse pela tecnologia, com mecanismos que priorizem a saúde mental, a segurança on-line e respeito à privacidade dos dados— comentou a diretora Simone Assafin.
As tecnologias mudam os hábitos e geram benefícios, como a agilidade nas comunicações e maior acesso à informação. Elas têm transformado a forma como trabalhamos, aprendemos, nos comunicamos e fazemos negócios. E isso influencia diretamente no aprendizado e em como os jovens encaram o mundo, e o uso delas pode proporcionar aos estudantes uma nova perspectiva de vida, de forma consciente e responsável.
— O projeto é muito legal, pois aborda temas interessantes além da sala de aula, e de forma representativa, com a participação de todos. Nosso aprendizado fica diferente, com muito mais simbologia. Aprendemos muito sobre obras, pessoas e tecnologias, e esse legado vai ser muito importante para nós, agora e no futuro — declarou Guilherme Vilela, que, aos 16 anos, estuda na 2ª série do Ensino Médio na unidade.
Ao longo dos últimos três meses, os professores orientadores realizaram diversos trabalhos na sala de aula, e, nestes três dias finais da atividade, aconteceram oficinas práticas, palestras e rodas de conversa com especialistas, com noções do uso de ferramentas básicas para criação de conteúdo, baseada nas pesquisas e debates feitos na unidade, nas quais os alunos se aprofundaram nas noções das novas tecnologias e de como cada um destes dispositivos influencia a vida de todos.
— Os alunos estão muito felizes e super engajados. Esse é um tema que faz parte do dia a dia deles, e o projeto foi pensado para que eles usem todas essas ferramentas de forma consciente. E, pra quem não conhece as plataformas digitais, essa é a oportunidade de conhecer e aprender a usar — afirmou a diretora-adjunta Mônica Santoro Forain.
A programação na escola inclui ainda atividades de orientação para criação de Podcasts, gincana de conhecimentos digitais e a exposição dos trabalhos produzidos pelos alunos para a comunidade escolar. Também foram abordados diversos temas, como a saúde mental pode ser afetada com tudo isso, além da influência tecnológica ao longo da história.
— O projeto acontece anualmente na escola, e nossa turma abordou saúde mental nesse contexto, com foco na figura do Artur Bispo do Rosário. Ele fazia suas obras como se fosse atender um pedido de Deus, com os recursos que ele tinha. Aprendemos muito com isso, de como a arte, apesar de não ser terapia, é terapêutica. Além disso, tivemos apresentações, dinâmicas e diversas práticas. Tudo isso agregado traz mais cultura para todos nós — explicou Ester Rodrigues, de 16 anos, aluna da turma 2002.
Aprendizado além da sala de aula
A escola tem se destacado com diversas ações, e uma das mais queridas é o “Xadrez no Jannuzzi”, que foi desenvolvida pelo professor de Matemática Marcos Araújo em 2016. Nesta dinâmica, a partir da prática deste jogo, são apresentados diversos conceitos, todos explorados no conteúdo pedagógico desenvolvido pelos professores de diversas disciplinas.
– Estamos sempre à procura de novas oportunidades para aumentar a participação e o interesse dos alunos. Desde o início, nossa missão é agregar, auxiliando o aprendizado matemático e desenvolvendo o raciocínio lógico, assim como fomentar o combate ao bullying e ao preconceito, existentes em nossa sociedade. E o xadrez é uma ferramenta extraordinária neste sentido, já que não há limitações. Todos são iguais – destacou o professor Marcos.
Assim, em um mundo cada vez mais conectado, é essencial que os estudantes desenvolvam habilidades críticas para compreender, interagir e criar. Esta iniciativa, que envolve todas as turmas da escola, tem como objetivo explorar essa cultura em suas diversas dimensões, reconhecendo seu impacto profundo na educação e nas relações humanas.
— A participação da comunidade escolar e o auxílio das tecnologias são fundamentais para que tenhamos uma escola com cidadãos de futuro promissor. Tudo o que foi realizado até hoje, todo o caminho percorrido através da arte e das inovações, são muito úteis para no desenvolvimento de nossos estudantes. Com a pandemia, vimos que a tecnologia pode ser usada como ferramenta de ensino. É algo que veio para ficar, e que devemos trabalhar com muita responsabilidade — resumiu a secretária de Estado de Educação, Roberta Barreto.
Com isso, o “CEVJ: CONECTANDO” proporciona um espaço para reflexão, experimentação e produção, capacitando os alunos a serem cidadãos conscientes e atuantes.
— Sabemos que é muito trabalhoso, mas quem trabalha com Educação faz sempre por amor. Tudo o que vemos na escola, toda a dedicação, o resgate e envolvimento, nos faz acreditar, ter fé e esperança. É muito emocionante e lindo essa realização conjunta, de alunos, professores e todo a escola, para o sucesso de mais este evento — concluiu a diretora-adjunta Joelma Machado.
Fonte: Seeduc-RJ
